A realidade virtual e a realidade aumentada são duas tecnologias que vêm ganhando cada vez mais espaço no mundo da inovação. Elas permitem criar experiências imersivas e interativas, que podem ser usadas para entretenimento, educação, saúde, indústria e muito mais. Mas você sabe o que são, como funcionam e quais as diferenças entre elas? Neste artigo, vamos explicar tudo isso e mostrar alguns exemplos de aplicativos que usam essas tecnologias.
O que é realidade virtual?
A realidade virtual (RV) é uma tecnologia que cria um ambiente simulado por computador, que substitui a realidade que você está vendo. Para isso, ela usa dispositivos como óculos, capacetes, luvas ou controles, que captam os movimentos e os sons do usuário e os transportam para o cenário virtual. Assim, você pode se sentir dentro de um jogo, de um filme, de um lugar distante ou de uma situação que não existe de verdade.
A realidade virtual começou a ser desenvolvida na década de 70, mas só se popularizou nos últimos anos, com o avanço dos gráficos, dos sensores e da inteligência artificial. Hoje, existem diversos tipos de realidade virtual, que variam de acordo com o grau de imersão, de interação e de realismo. Alguns exemplos são:
Realidade virtual imersiva
É a mais envolvente, pois cria uma sensação de presença total no ambiente virtual. Ela usa óculos ou capacetes que cobrem todo o campo de visão do usuário, e dispositivos que rastreiam os movimentos da cabeça, dos olhos, das mãos e do corpo. Assim, o usuário pode se movimentar livremente pelo cenário e interagir com os objetos virtuais. Um exemplo de realidade virtual imersiva é o Oculus Rift, um óculos de RV que se conecta a um computador ou a um console de videogame.
Realidade virtual semi-imersiva
É a menos envolvente, pois mantém algum contato com a realidade. Ela usa telas grandes ou projetores que exibem o ambiente virtual, mas não cobrem todo o campo de visão do usuário. Ela também usa dispositivos que rastreiam os movimentos da cabeça e das mãos, mas não do corpo todo. Assim, o usuário pode interagir com o cenário, mas não se movimentar por ele. Um exemplo de realidade virtual semi-imersiva é o Google Earth VR, um aplicativo que permite explorar o mundo em 3D usando um óculos de RV e um controle.
Realidade virtual não imersiva
É a intermediária, pois mistura elementos da realidade e da virtualidade. Ela usa telas comuns, como as de computadores, tablets ou smartphones, que exibem o ambiente virtual, mas não isolam o usuário da realidade. Ela também usa dispositivos como teclados, mouses, joysticks ou sensores de movimento, que permitem ao usuário controlar o cenário e os objetos virtuais. Um exemplo de realidade virtual não imersiva é o Minecraft, um jogo que permite construir mundos virtuais usando blocos.
O que é realidade aumentada?
A realidade aumentada (RA) é uma tecnologia que adiciona conteúdo digital ao ambiente real, criando uma camada de informação que se sobrepõe à realidade que você está vendo. Para isso, ela usa dispositivos como câmeras, lentes, sensores e computação, que captam as imagens e as informações do ambiente real e as combinam com os elementos virtuais. Assim, você pode ver objetos, personagens, gráficos, textos ou sons que não existem de verdade, mas que interagem com o que existe.
A realidade aumentada é mais recente que a realidade virtual, mas também vem se desenvolvendo rapidamente, com o aumento do acesso à internet por dispositivos móveis. Hoje, existem diversos tipos de realidade aumentada, que variam de acordo com o modo de exibição, de interação e de integração. Alguns exemplos são:
Realidade aumentada baseada em marcadores
É a mais simples, pois usa símbolos ou códigos impressos, como QR codes ou imagens, que são reconhecidos pela câmera do dispositivo e ativam a projeção do conteúdo virtual. Ela usa telas de smartphones, tablets ou computadores, que exibem o ambiente real com o elemento virtual sobreposto. Ela também usa dispositivos como toques na tela ou comandos de voz, que permitem ao usuário controlar o conteúdo virtual. Um exemplo de realidade aumentada baseada em marcadores é o Aurasma, um aplicativo que permite criar e visualizar conteúdos virtuais a partir de imagens.
Realidade aumentada baseada em localização
É a mais complexa, pois usa o GPS ou outros sensores do dispositivo para determinar a localização do usuário e projetar o conteúdo virtual de acordo com o contexto. Ela usa telas de smartphones, tablets ou óculos, que exibem o ambiente real com o elemento virtual sobreposto. Ela também usa dispositivos como toques na tela, comandos de voz ou gestos, que permitem ao usuário interagir com o conteúdo virtual. Um exemplo de realidade aumentada baseada em localização é o Pokémon Go, um jogo que permite capturar e treinar criaturas virtuais no mundo real.
Realidade aumentada baseada em projeção
É a intermediária, pois usa projetores ou lasers para criar imagens virtuais diretamente sobre superfícies reais, sem a necessidade de uma tela intermediária. Ela usa câmeras ou sensores que captam as imagens e as informações do ambiente real e as combinam com os elementos virtuais. Ela também usa dispositivos como toques na superfície, comandos de voz ou gestos, que permitem ao usuário interagir com o conteúdo virtual. Um exemplo de realidade aumentada baseada em projeção é o SixthSense, um protótipo de dispositivo que usa um projetor e uma câmera acoplados a um smartphone para criar interfaces interativas em qualquer lugar.
Quais as diferenças entre realidade virtual e realidade aumentada?
A diferença básica entre realidade virtual e realidade aumentada é que a primeira cria ambientes que simulam a realidade, enquanto a segunda adiciona conteúdos que complementam a realidade. Mas existem outras diferenças entre elas, como:
- Objetivo: a realidade virtual tem como objetivo principal criar uma experiência de imersão, que faça o usuário se sentir dentro de um outro mundo. Já a realidade aumentada tem como objetivo principal criar uma experiência de informação, que faça o usuário ter mais dados sobre o mundo real.
- Dispositivos: a realidade virtual usa dispositivos que isolam o usuário da realidade, como óculos ou capacetes, que cobrem todo o campo de visão. Já a realidade aumentada usa dispositivos que mantêm o contato com a realidade, como telas ou lentes, que permitem ver o ambiente real com o conteúdo virtual sobreposto.
- Interação: a realidade virtual permite uma interação mais livre e natural, que depende dos movimentos do corpo do usuário. Já a realidade aumentada permite uma interação mais limitada e artificial, que depende dos comandos do dispositivo.
- Aplicações: a realidade virtual é mais usada para aplicações de entretenimento, como jogos e filmes, que exploram a sensação de presença e de diversão. Já a realidade aumentada é mais usada para aplicações de utilidade, como educação, saúde e indústria, que exploram a oferta de informação e de solução.
Conclusão
A realidade virtual e a realidade aumentada são duas tecnologias que oferecem novas possibilidades de interação entre o homem e a máquina. Elas podem ser usadas para diversos fins, desde o lazer até o trabalho, e têm potencial para transformar a forma como vemos e vivemos o mundo. Por isso, é importante conhecer o que são, como funcionam e quais as diferenças entre elas, para poder aproveitar ao máximo os benefícios que elas podem trazer.
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